quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Criação de Panorâmica (CS4)

Um panorama fotográfico é uma imagem grande-agular que tem uma proporção igual ou superior ao alcance do olho humano. A criação da panorâmica consiste em combinar várias imagens com extremidades sobrepostas formando uma imagem contínua, na horizontal ou na vertical. Por exemplo: você pode tirar 4 (quatro) fotos de um horizonte e depois mesclá-las para compor uma panorâmica, como as fotos da praia que veremos neste tutorial. Você pode tirar quantas fotos quiser, inclusive em 360°. Mas lembre-se: quanto maior o número de imagens mais tempo o Photoshop levará para mesclá-las.

Neste tutorial vamos mostrar como criar uma imagem panorâmica “básica” através do comando Photomerge, do Photoshop CS4. Mas antes de partirmos para a montagem precisamos levar em consideração alguns pontos indispensáveis para a criação de panorâmicas perfeitas:

1. Sobreposição das imagens

Sobreponha as imagens entre 25% e 40%. Não sobreponha nem mais nem menos que esses valores para que o Photoshop consiga mesclar as imagens automaticamente, poupando tempo e trabalho.

2. Comprimento focal

Mantenha o comprimento focal enquanto tira as fotos. Se você utiliza lente de zoom, não o altere enquanto tira as fotos.

3. Nível da câmera

O Photomerge consegue processar pequenos giros entre as imagens, mas se a inclinação for de muitos graus pode resultar em erro na montagem da panorâmica. É aconselhável a utilização de um tripé, de preferência com uma cabeça giratória, mantendo-o bem fixo ao chão.

4. Posicionamento

Caso não utilize um tripé, evite mudar de posição ao fotografar a seqüência de imagens para as mesmas serem originadas do mesmo ponto de vista. Usando o visor óptico com a câmera bem próxima ao olho ajuda a manter um ponto de vista constante.

5. Exposição

Se a câmera dispuser, mude para o modo manual para ter controle de exposição, equilíbrio de branco e foco. Se a câmera não dispuser, tente ajustar para prioridade de abertura e escolha um equilíbrio de branco que combine com a cena. Mantenha a mesma configuração da câmera para toda a seqüência de fotos para facilitar a mesclagem das imagens.

CRIANDO A PANORÂMICA

Para facilitar o trabalho, é aconselhável manter as imagens que se quer criar a panorâmica em uma pasta separada e nomeá-las em seqüência (Por exemplo: foto1, foto2, foto3, ...), assim você identificará melhor cada foto na Paleta Layers, caso necessite fazer quaisquer ajustes posteriores.

No Bridge CS4, abra a pasta que contém as imagens, selecione todas elas e vá ao menu Tools > Photoshop e escolha Photomerge. O Photoshop será aberto e a lista dos arquivos das imagens aparecerá na janela Photomerge, na seção Source File.

Clique na imagem para ampliá-la.

No Photoshop CS4, vá ao menu File > Automate e escolha Photomerge. Na janela Photomerge, escolha a opção Folder, em Use, da seção Source Files, clique no botão Browse... para localizar a pasta que contém as imagens, selecione a pasta e clique no botão OK. Os arquivos serão abertos automaticamente e aparecerão na seção Source File.

Clique na imagem para ampliá-la.

Vamos entender as opções do Photomerge:

Na seção Layout, temos 6 (seis) opções incluindo Auto. Selecionando Auto, o Photoshop analisa as imagens e escolhe a melhor opção entre Perspective, Cylindrical, Spherical, Collage e Reposition. A opção Perspective cria uma composição definindo uma das imagens (comumente a do meio da seqüência) como referência e reposiciona, ajusta ou inclina as outras de acordo com a necessidade. Ao término do processo a panorâmica fica com um formato parecido com o de uma gravata borboleta. Já Cylindrical corrige esta distorção em formato de gravata borboleta e dispõe as imagens individualmente sobrepondo-as corretamente. É adequada para a criação de panorâmicas amplas. Spherical é ideal para panorâmicas de 360°, por ajustar as imagens como se fossem mapeadas dentro de uma esfera. Mas pode ser utilizada para produzir ótimas panorâmicas que não sejam de 360°. Collage alinha as imagens, correspondendo o conteúdo sobreposto, e transforma todas sem tomar uma delas como referência. Reposition alinha as imagens, corresponde o conteúdo sobreposto, mas não transforma nenhuma delas. O ideal é que você analise bem qual das opções atende melhor ao seu propósito ou, se preferir, você pode diminuir as suas imagens para um tamanho de tela, com 72dpi, e experimentar cada uma das opções, para aplicar a escolhida nas imagens em alta resolução. As demais opções, da seção Source Files: Blend Images Together – encontra as bordas ideais nas imagens e cria as emendas com base nessas bordas para que as cores se correspondam e as emendas fiquem o mais perfeitas possível; Vignette Removal – remove e compensa a exposição nas imagens com bordas escurecidas por falha da lente ou sombreamento inadequado da lente; Geometric Distortion Correction – compensa distorção para dentro ou para fora e olho de peixe.

Para a seqüência de imagens do nosso tutorial, a melhor opção que encontrei foi Collage, portanto marque esta opção e também Blend Images Together e clique no botão OK.

Clique na imagem para ampliá-la.

O Photoshop cria a panorâmica com várias camadas das imagens de origem, adicionando máscaras de camada quando necessário para criar a mesclagem ideal onde as imagens se sobrepõem. As máscaras de camada podem ser editadas e pode-se ainda adicionar camadas de ajuste para ajustar ainda mais as diferentes áreas da panorâmica.

Para as nossas imagens do tutorial o Photoshop criou 4 (quatro) Layers com máscaras de camada com os nomes dos arquivos (foto1.jpg, foto2.jpg, foto3.jpg e foto4.jpg). Caso você perceba qualquer defeito na mesclagem, basta editar as máscaras de camada e fazer as correções necessárias.

Clique na imagem para ampliá-la.

Para finalizar a criação da panorâmica, vamos fazer um pequeno ajuste no horizonte, que ficou um pouco inclinado, e dar um crop para descartar as imperfeições das extremidades:

Para alinhar o horizonte, vá ao menu Image > Image Rotation e escolha Arbitrary. Na janela Rotate Canvas, digite 0,82 em Angle, habilite a opção °CW e clique no botão OK. Pronto, o nosso horizonte está alinhado. Para saber o ângulo de inclinação do horizonte, selecione a ferramente Ruler Tool, que se encontra no menu oculto da ferramenta Eyedropper Tool, clique (e segure) na extremidade esquerda da base do horizonte e arraste até a extremidade direita da base do horizonte. Vá ao menu Image > Image Rotation, escolha Arbitrary e em Angle aparecerá o ânglo de inclinação.

Clique na imagem para ampliá-la.

Ferramenta Ruler Tool.

Selecione, agora, a ferramenta Crop. Na barra de opções da ferramenta Crop, clique no botão Clear para limpar qualquer configuração predefinida. Demarque o Crop descartando as irregularidades das extremidades e pressione Enter. Achate a imagem, salve-a e a panorâmica está pronta.

Crop demarcado. Clique na imagem para ampliá-la.

Panorâmica finalizada. Clique na imagem para ampliá-la.


Chegamos ao final de mais um tutorial. Abraços nordestinos!

domingo, 4 de outubro de 2009

Processo Cruzado (CS4)

Olá, gente!

Putz! Como eu tô em falta com vocês, não? Mas dá pra perdoar, que muitos de vocês sabem que ser autônomo não é nada fácil e a gente precisa dar atenção redobrada aos trabalhos, sempre suando muito. E ainda surgem aqueles pedidos de ajuda daqui, um trabalho barato dali e outro "de grátis" d´acolá. Enfim, essas "loucuras que enlouquecem" qualquer um. É a vida. Ah! Já ia me esquecendo. Também sirvo de babá em boa parte do dia pro meu filho de 2,3 anos, que cá pra nós... é viraaaaaaaado... mas eu "goooostcho". Pra compensar vocês, no final do tutorial tem um link para os arquivos de um vídeo-aula do tutorial. Apreciem.

O tutorial de hoje trata de uma técnica de revelação de filme chamada de Processo Cruzado (ou Cross Process). Não vou me aprofundar na parte técnica do processo porque não sou a pessoa mais adequada a fazer isso, e pra não correr o risco de ver o post recheado de comentários corrigindo meus erros (hehehe). Pra não sair pegando texto daqui e dali pra colocar aqui, foi melhor deixar pra lá. Abaixo vocês podem ver as imagens antes e depois da aplicação do efeito.

Clique na imagem para ampliá-la.

Vocês certamente conhecem a técnica, mas talvez não saibam aplicar no Photoshop. Com apenas três camadas de ajuste conseguimos criar o efeito. Então, vamos lá. Primeiro, clique AQUI para acessar o site SXC.HU e baixar a imagem. Lembre-se que para poder baixar a imagem você precisa ser cadastrado no site.


Etapa 1 - PRIMEIRA CAMADA (CURVES/COLOR)

Na paleta Layers (F7), clique no ícone Create new fill and adjustment layer e escolha Curves. Na janela Curves, pressione Alt+3 (option+3 no Mac) para selecionar o canal Red.

OBS.: No final desta etapa está a imagem com todas as telas do comando Curves.

Ajustes no Canal Red

Clique no ponto das altas luzes (brihos), no canto superior direito da linha diagonal vermelha, e defina 255 para Output e 225 para Input (tela 1). Crie mais um ponto um pouco mais abaixo e defina 190 para Output e 177 para Input (tela 2). Crie um outro mais abaixo ainda e defina 46 para Output e 94 para Input (tela 3). O ponto das baixas luzes (sombras) pode ficar como está, com 0 para Output e 0 para Input (tela 4).

Ajustes no Canal Green

Pressione Alt+4 (Option+4 no Mac) para selecionar o canal Green. Deixe o ponto das altas luzes (brilhos) como está, com 255 para Output e 255 para Input (tela 1). Crie um ponto mais abaixo e defina 210 para Output e 179 para Input (tela 2). Crie um outo mais abaixo ainda e defina 60 para Output e 63 para Input (tela 3). Por fim, deixe o ponto das baixas luzes (sombras) com 0 para Output e 0 para Input (tela 4).

Ajustes no Canal Blue

Pressione Alt+5 (Option+5 no Mac) para selecionar o canal Blue. No canal Blue só precisaremos mexer nas altas e baixas luzes (brilhos e sombras), sem precisar mexer nos tons médios. Para isso, selecione o ponto das altas luzes, no canto superior direito, e defina 232 para Output e 255 para Input. No ponto das baixas luzes defina 20 para Output e 0 para Input. Para finalizar, clique no botão OK da janela Curves.

Alterando o Blend Mode

Note que no título desta etapa eu coloquei entre parênteses o nome CURVES/COLOR. Eu quis dizer que a camada de ajuste é de Curves com o Blend Mode como Color. Pois bem, mude o Blend Mode da camada recém-criada para Color.

Clique na imagem para ampliá-la.


Etapa 2 - SEGUNDA CAMADA (CURVES/ LUMINOSITY)

Esta etapa é bem mais simples. Vamos apenas duplicar a camada recém-criada e mudar seu Blend Mode. Volte para a paleta Layer, pressione as teclas Ctrl+J (Cmd+J no Mac) e mude o Blend Mode para Luminosity. Agora temos duas camadas de ajuste Curves, uma com Blend Mode Color e a outra com Blend Mode Luminosity.


Etapa 3 - TERCEIRA CAMADA (SOLID COLOR/COLOR)

Esta terceira e última etapa também é bem simples. Basta criar a camada de ajuste, escolher uma cor e mudar o Blend Mode. Clique no ícone Create new fill or adjustment layer e escolha Solid Color. Na janela Pick a solid color, defina R como 225, G como 255 e B como 0, nas opções de cores RGB e clique no botão OK. Por fim, mude o Blend Mode para Color.

Clique na imagem para ampliá-la.


Etapa 4 - AJUSTES FINAIS (OPACITY)

Para finalizar, vamos mudar a opacidade das três camadas criadas. Antes disso, uma boa prática é dar nomes às camadas para você saber o que cada uma representa de ajuste. A imagem abaixo mostra que utilizo os nomes com o Comando, uma barra e o Blend Mode. Defina 80% de Opacity para a primeira camada Curves, 80% para a segunda camada Curves e 10% para a terceira camada Solid Color.

Clique na imagem para ampliá-la.


O VÍDEO-AULA:

Se você prefere assistir ao vídeo-aula deste tutorial, clique AQUI para baixar o arquivo do vídeo para o seu computador. Após baixar, descompacte e execute o arquivo HTML que está na pasta onde os arquivos foram descompactados. O vídeo-aula ficou um pouco pesado para manter a qualidade da imagem trabalhada.

É isso, pessoal! Abraços a todos.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

JPEG e TIFF no Camera RAW (CS4)

Olá, pessoal!

Neste tutorial veremos a abertura e ajustes de arquivos JPEG e TIFF através do Camera RAW. Na verdade faremos a abertura de um arquivo JPEG, mas o procedimento é o mesmo para arquivos TIFF.

Para o tutorial usaremos uma imagem de evento (casamento), baixada do site www.sxc.hu. Escolhi a imagem de um casal de noivos porque além de conhecer as opções de ajustes do Camera RAW você verá como sair um pouco do tradicional no tratamento desse tipo de imagem e torná-la um pôster, por exemplo, de 50cm x 75cm.

Clique na imagem para baixá-la do site.


ABRINDO O ARQUIVO

Como já postado em um tutorial anterior, os ajustes feitos em arquivos JPEG e TIFF são salvos automaticamente no próprio arquivo e não há como reverter o processo para voltar à imagem original. Portanto, não deixe de fazer uma cópia da imagem antes de abri-la. O nome do arquivo baixado deverá ser “978409_69737931.jpg” (sem as aspas), então crie uma cópia e renomeie para “978409_69737931_original.jpg”.

No Photoshop, vá ao menu File e escolha Open As... ou pressione Alt+Shift+Ctrl+O (Option+Shift+Cmd+O no Mac). Na opção Open As da janela que se abre escolha Camera RAW (*.TIF;*.CRW;...), a quarta opção da lista, localize o arquivo da imagem baixado do site, não a cópia que você criou, selecione-o e clique em Open. Se estiver no Bridge, localize o arquivo, selecione-o e vá em File e escolha Open in Camera RAW, ou apenas selecione-o e pressione Ctrl+R (Cmd+R, no Mac).


AJUSTANDO A IMAGEM

Na janela Camera RAW, o primeiro ajuste que faremos será nas opções de fluxo de trabalho, que aparecem em forma de link, abaixo do nome do arquivo. Neste caso o link aparece com a seguinte indicação: “Adobe RGB (1998); 8 bit; 2336 by 3144 (7,3MP); 240 ppi”, em que “Adobe RGB (1998)” refere-se ao espaço de trabalho, “8 bit” à profundidade de cor da imagem, “2336 by 3144 (7,3MP)” ao tamanho da imagem em pixels, em que 2336 é a largura e 3144 a altura da imagem, e “240 ppi” refere-se à resolução da imagem em dpi (ou ppi). Clique no link para abrir a janela Workflow Options. Em Size, escolha 4565 by 6144 (28,0MP) e digite 300 em Resolution. Space e Depth não serão alterados porque o Adobe RGB (1998) é o espaço de trabalho recomendado e 8 Bits/Cannel atende o nosso caso.

Janela Workflow Options.

Dicas:
  • Se for fazer ampliações tipo pôster, dê sempre preferência a utilizar a interpolação de imagem no Camera RAW, que é mais eficiente que a interpolação pelo Image Size do Photoshop.
  • Para saber o tamanho em “cm” da sua imagem, basta dividir, separadamente, a largura e a altura por 300 (resolução de saída) e multiplicar por 2,54 (valor da polegada em centímetros). Ex.: 4565 ÷ 300 x 2,54 = 38,65cm e 6144 ÷ 300 x 2,54 = 52,02cm, então sua imagem terá 38,65cm (de largura) e 52,02cm (de altura). Note que após a interpolação não atingimos o tamanho que queremos para o pôster (50cm x 75cm). Isso quer dizer que teremos que usar ainda a interpolação dentro do Photoshop para chegarmos ao tamanho desejado.

Entendendo as Guias de Ajustes do Camera RAW
  • Basic : Ajusta o equilíbrio de branco, a saturação de cor e a tonalidade.
  • Tone Curve : Ajusta a tonalidade usando uma Curva paramétrica e uma Curva de ponto
  • Detail : Torna as imagens mais nítidas ou reduz o ruído.
  • HSL / Grayscale : Ajusta as cores usando ajustes de Matiz, Saturação e Luminescência.
  • Split Toning : Adiciona cores a imagens monocromáticas ou cria efeitos especiais com imagens coloridas.
  • Lens Corrections : Compensa o desvio cromático e as vinhetas gerados pela lente da câmera.
  • Camera Calibration : Aplica perfis de câmera a imagens raw para corrigir projeções de cores e ajustar cores não neutras para compensar o comportamento do sensor de imagem de uma câmera.
  • Presets : Salva e aplica conjuntos de ajustes de imagem como predefinições.

Iniciando os Ajustes
  • Vamos iniciar os ajustes a partir da guia Basic. Em Temperature, defina o valor como +20; em Tint, coloque -5; Expossure (+0,60); Recovery (100); Fill Light (0); Blacks (7); Brightness (+20); Contrast (0); Clarity (+100); Vibrance (+50); Saturation (-30).
  • Na guia Tone Curve, selecione a subguia Point e defina Curve como Medium Contrast.
  • Na guia Detail, faremos apenas uma alteração na opção Color, que ficará com o valor de 100. Isso irá reduzir o ruído de cores, que é bem comum em arquivos JPEG.
  • Na guia HSL / Grayscale, subguia Hue, defina +20 para Oranges. Na subguia Saturation, defina -10 para Oranges e -40 para Yellows. Na subguia Luminasce, defina -100 para Reds; -40 para Oranges e -100 para Greens.
  • Na guia Split Toning, em Highlights, vamos definir 50 para Hue e 5 para Saturation; em Shadows, coloque também 50 para Hue e 5 para Saturation.
  • Agora vamos criar uma vinheta para isolar mais um pouco o fundo. Na guia Lens Corretions, em Lens Vignetting, defina -100 para Amount e 20 para Midpoint. Em Post Crop Vignetting, deixe Amount com -50, Midpoint com 50; Roundness com 0 e Feather com 50.
  • Quando tratamos fotos de eventos é sempre bom padronizarmos o tratamento para todas elas. Fazemos isso salvando os nossos ajustes para aplicarmos nas outras imagens. Vamos à guia Presets, clicamos no ícone localizado no canto superior direito da guia e escolhemos a opção Save Settings. Na janela Save Settings, escolha All Settings em Subset e deixe desmarcada a opção Apply auto tone adjustments, em Auto Settings, e clique no botão Save. Abre-se uma janela solicitando um nome de arquivo com extensão XMP (que guarda os ajustes do Camera RAW). Dê um nome ao seu preset e clique em Save. A guia Presets contém agora um preset com o nome que você escolheu para salvar. Para aplicar os ajustes em outras imagens, basta abrí-las no Camera RAW, ir direto à guia Presets e clicar no preset que você acabou de salvar.
Pronto, finalizamos a edição da nossa imagem no Camera RAW. Note que, com os ajustes, foi dado mais enfoque aos noivos, que são o principal assunto da nossa imagem. Clique no botão Open Image, para abrir a imagem no Photoshop.

Clique na imagem para ampliá-la e ver o antes (E) e depois (D).


AJUSTES FINAIS

Interpolando no Photoshop para Criar o Pôster

Vamos agora fazer a interpolação para chegarmos ao tamanho de 50cm x 75cm. Antes, abra o painel Actions pressionando as teclas Alt+F9 (Option+F9 no Mac) ou vá ao menu Windows e escolha Actions. Iremos criar uma action da interpolação para não termos que usar o mesmo comando várias vezes e porque você poderá utilizar em outras imagens futuramente. No painel Actions, clique no ícone Create new action e, na janela New Action, digite Pôster na opção Name. Clique no botão Record para iniciar a gravação da nossa action. Vá no menu Image e escolha Image Size (cuidado para não executar qualquer outra ação antes desta ou ocorrerá erro na gravação da action). Na janela Image Size, habilite as opções Scale Styles, Constrain Proportions e Resample Image. Em Document Size, defina a unidade de medida como percent e digite 110 no campo Width (Height assume o mesmo valor automaticamente). Em Resample Image, escolha Bicubic Smoother (best for enlargement) e clique no botão OK. A nossa imagem aumenta em 10% do seu tamanho. Clique no botão Stop playing/recording, no painel Actions, para parar a gravação da action. Clique mais 3 vezes no ícone Play selection, para executar a ação e aumentar um pouco mais a nossa imagem. Vá ao menu Image e escolha Image Size para ver o tamanho que está nossa imagem. O tamanho ultrapassou o que queremos (50cm x 75cm). Verifique se a unidade de medida é cm, e se não for defina agora. Digite o valor de 70 em Height, Bicubic Sharper (best for reduction) em Resample Image e clique no botão OK, assim já definimos a altura da nossa imagem. A largura ainda é maior que a que queremos. Vamos resolver isso com um crop. Vá novamente ao menu Image e escolha Canvas Size. Digite 50 no campo Width e clique em OK. Na janela que se abre, clique no botão Proceed para finalizar o crop.

Aplicando Nitidez

Vamos aplicar um pouco de nitidez à imagem. Vá ao menu Image e, em Mode, escolha Lab Color. Vá para paleta Channels e clique no canal Lightness. Pressione as teclas Ctrl+A (Cmd+A no Mac) para selecionar toda a imagem e pressione Ctrl+C (Cmd+C no Mac) para copiar o canal. Selecione o canal Lab e alterne para paleta Layers. Pressione Ctrl+V (Cmd+V no Mac) para colar a imagem acima da camada Background. É criada uma nova layer da imagem em tons de cinza. Mude o Blending Mode desta nova layer para Overlay. Vá ao menu Filter, Other e escolha High Pass, digite 3 em Radius e clique em OK. Selecione a camada Background. Volte à paleta Channels e selecione novamente o canal Lightness. Vá ao menu Filter, Sharpen e escolha Smart Sharpen, defina 150 para Amount, 1 para Radius e clique no botão OK. Selecione novamente o canal Lab e volte à paleta Layers. Pressione Shift+Ctrl+E (Shift+Cmd+E no Mac) para achatar a imagem.

Adicionando Ruído

Se você não deseja ruído na sua imagem, dispense esta etapa. Particularmente gosto de usar um pouco em pôsteres. Vá ao menu Filter, Noise e escolha Add Noise. Na janela Add Noise defina 5 para Amount, Gaussian em Distribution, habilite a opção Monochromatic e clique em OK.

Visualizando o Tamanho da Impressão

Vá em View e escolha Print Size para simular a visualização do tamanho da impressão. Veja que sua imagem tem uma ótima qualidade para impressão de pôster.

Aplicando o Perfil Adobe RGB (1998)

Vamos voltar a imagem ao modo RGB e aplicar o perfil Adobe RGB (1998) à imagem. Embora tenhamos definido o perfil na janela Workflow Options, no Camera RAW, ao converter para Lab Color a imagem assume o perfil sRGB. Para isso, vá ao menu Image, em Mode, e escolha RGB Color. No menu Edite, escolha Convert to Profile. Na janela que se abre, defina Adobe RGB (1998) na opção Profile e clique em OK.

Salvando sua Nova Imagem

Vá ao menu File e escolha Save As. Acrescente “_final” (sem as aspas) ao final do nome do arquivo, em Name (o nome do arquivo deverá ser “978409_69737931_final.jpg”), selecione JPEG (*.JPG;*.JPEG;*.JPE), em Format, e clique no botão Save. Na janela JPEG Options, digite 12 em Quality e clique em OK. Pronto, finalizamos o nosso pôster.

É isso, pessoal! Abraço nordestino a todos e até o próximo tutorial.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Conversão RAW para DNG

Oi, pessoal!

Depois de um bom tempo longe dos posts aqui no blog, estou de volta com um assunto que ainda deixa dúvidas em muitos fotógrafos: Camera RAW e DNG. Mas, afinal, o que são Camera RAW e DNG? Qual a vantagem de fotografar em RAW? E essa conversão para DNG, para que serve? Calma, gente! Vamos deixar tudo muito bem claro aqui.

O QUE É UM ARQUIVO CAMERA RAW?

O Camera RAW é um formato de arquivo que contém dados de imagem não processados e não compactados obtidos pelo sensor de imagem da sua câmera digital e que também guarda informações sobre o modo como a imagem foi capturada (Metadada).

Você lembra os filmes que comprava para usar em sua câmera analógica e que, após mandar revelar, recebia as fotos impressas e as tiras (negativos) dos filmes acomodadas em um plástico, para guardar e mandar imprimir outras cópias das fotos em outra ocasião, para mandar para um amigo, parente, namorado ou namorada? Pois bem, o Camera RAW é aquele filme em formato digital, com a vantagem de se poder fazer vários ajustes como equilíbrio de branco, escala de tons, contraste, saturação, nitidez, entre outros e ainda assim preservar os seus dados originais. Daí, então, a vantagem e importância de se utilizar esse formato de arquivo para fotografar. Para gerar imagens Camera RAW você deve configurar sua câmera digital para salvar arquivos nesse formato.

Quando você faz ajustes no arquivo Camera RAW as informações são guardadas em um arquivo com extensão XMP, que é gravado na mesma pasta em que se encontra o arquivo Camera RAW. Portanto, fique atento e não apague os arquivos com extensão XMP, que certamente irão lhe servir no futuro.

O SOFTWARE (plug-in) CAMERA RAW

No Photoshop, os arquivos Camera RAW são abertos e processados pelo software, de mesmo nome, Camera RAW, que já vem incluído no aplicativo em forma de plug-in. Muitos fabricantes de câmera também têm seus próprios softwares para processamento e edição do arquivo RAW. O software (plug-in) Camera RAW, a partir da versão CS3 do Photoshop, também pode abrir e processar arquivos JPEG e TIFF, mas os ajustes feitos afetam diretamente o arquivo, sem chance de voltar atrás. Para manter os dados originais das imagens JPEG e TIFF é aconselhável que você faça uma cópia da imagem que quer ajustar no Camera RAW para manter o arquivo original. Em outro post veremos como processar os arquivos JPEG e TIFF no Camera RAW.

Como o software Camera RAW é um plug-in, verifique sempre se há atualizações no site da Adobe. Quando uma nova versão do software é lançada, novos modelos de câmeras são incluídos. Clique aqui e acesse a página de downloads do Camera RAW. Há a opção de baixar apenas o Camera RAW e também o Camera RAW e o DNG Converter juntos. Opte por baixar os dois juntos. Após baixar, descompacte em uma pasta de sua escolha. Eu sugiro que você crie uma pasta dentro da sua unidade de disco principal com o nome “DNG_CameraRAW” (sem as aspas), para facilitar a localização quando necessário. A última versão do plug-in para o Photoshop CS3 é a 4.6; para o Photoshop CS4, até a postagem desse artigo, é a 5.3. As instruções de como instalar o plug-in do Camera RAW, que é bem simples, estão na própria página de download da versão escolhida.

DNG (DIGITAL NEGATIVE)

Podemos dizer que o DNG (Digital Negative) é um formato de arquivo RAW livre, não proprietário. Ao contrário do DNG, cada fabricante de Câmera tem seu formato próprio de arquivo RAW e suas especificações não estão disponíveis publicamente. Basta atentar para a extensão dos arquivos da Canon, com extensão “CR2”, e da Nikon, com extensão “NEF”, e cada um tem seu software próprio para processamento de seus arquivos RAW. Isso quer dizer que nem todo arquivo RAW pode ser lido e processado por alguns aplicativos. E no futuro, se alguns desses formatos não forem mais disponibilizados, como os fotógrafos farão a leitura desses arquivos? O DNG (Digital Negative) veio para solucionar esse problema cada vez mais preocupante. Ao utilizar um padrão aberto para os arquivos RAW criados em modelos individuais de câmera, o DNG garante que os fotógrafos terão acesso aos seus arquivos no futuro.

VAMOS A UM EXEMPLO: Certo dia eu recebi arquivos Camera RAW da Canon EOS 40D. A minha versão do Photoshop ainda era a CS2, o meu plug-in do Camera RAW não tinha suporte a esse modelo de câmera e eu estava sem internet no momento para baixar e atualizar a sua versão mais recente. Como eu resolvi o problema? Muito simples: converti esses arquivos RAW em DNG e abri normalmente no Camera RAW do Photoshop CS2. Deu para entender a importância de se criar um fluxo de trabalho com conversão de arquivos RAW para DNG? Então não pense mais, passe a converter a partir de agora.

CONVERTENDO RAW PARA DNG

Localize a pasta em que você baixou o DNG Converter juntamente com o plug-in do Camera RAW, como sugerido anteriormente, e execute o programa Adobe DNG Converter.exe. A janela Conversor DNG aparecerá, como mostra a imagem abaixo:

Clique na imagem para ampliá-la.

Note que existem quatro etapas para configuração da conversão:

1 – Selecione as imagens a serem convertidas:

Onde no botão Selecionar Pasta você configura a pasta na qual se encontram seus arquivos Camera RAW. A opção Incluir imagens contidas em subpastas dispensa explicação, estou certo?

2 – Selecione o local para salvar as imagens convertidas:

Onde você configura a pasta na qual ficarão os arquivos convertidos. Por padrão está selecionada a opção Salvar no Mesmo Local no menu drop-down. Escolha a opção Salvar em Novo Local e defina a pasta onde ficarão os arquivos DNG.

Note que na opção (1) o caminho da pasta é “D:\Jobs\Arquivos RAW\” e na opção (2) é “D:\Jobs\Arquivos RAW\DNG\”. Ou seja, dentro da pasta “Jobs” eu tenho a subpasta “Arquivos RAW” (com os arquivos Camera RAW a serem convertidos) que contém outra subpasta “DNG” (onde ficarão os arquivos DNG convertidos). É uma boa opção para manter os arquivos no mesmo local de trabalho, mas em pasta diferentes.

3 – Selecione o nome das imagens convertidas:

Nesta opção você pode mudar os nomes dos arquivos, mas é aconselhável que mantenha sempre os mesmos nomes dos originais. Renomear arquivos é algo que o Bridge faz muito bem e você pode fazer isso por ele antes de converter seus arquivos, assim mantém os mesmos nomes mesmo que já tenha mudado o nome originado pela câmera.

4 – Preferências:

Clicando no botão Alterar Preferências, você:

- Define a visualização de JPEG, que faz com que outros aplicativos visualizem o conteúdo do DNG sem analisar os dados Camera RAW – Tamanho Médio é uma boa opção;

- Seleciona a compactação sem perda de qualidade, em que nenhuma informação é perdida durante a redução do tamanho do arquivo – deixe ativada esta opção;

- Escolhe o método de conversão das imagens – defina Preservar Imagem RAW; e,

- Opta por incorporar ou não o arquivo RAW original no arquivo DNG – ativando esta opção o arquivo DNG praticamente dobra de tamanho, mas você poderá extrair dele o arquivo RAW original que foi convertido, portanto essa escolha é sua.

Clique na imagem para ampliá-la.

Configuradas todas as etapas, clique no botão Converter para converter os arquivos. A janela Status da Conversão aparecerá mostrando o processo de conversão. Após o término da conversão, clique no botão OK para voltar à janela do Conversor DNG ou no botão Sair para finalizar.

Clique na imagem para ampliá-la.

É isso, pessoal, espero que o misticismo do RAW/DNG tenha acabado. Abraços e até o próximo post.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Saturação Não-destrutiva (CS3)

Olá, pessoal! A partir de hoje tem surpresa pra vocês. Curtam o tutorial até o final e irão saber do que estou falando.

Como prometido no post anterior, estou repassando agora uma técnica de Saturação Não-destrutiva, aplicada através do modo de cor LAB (LAB color). Muitos não sabem, mas a saturação aplicada através do comando Hue/Saturation, do menu Image>Adjustments, principalmente quando se usa um valor muito alto, pode comprometer seriamente a imagem, pois esse valor afeta todas as tonalidades de cor e a luminosidade, as cores já saturadas e as não saturadas. Não entendeu? É o seguinte: se você define o valor de 50% em Saturation (comando Hue/Saturation), esse valor é aplicado tanto nas cores já saturadas como nas não saturadas e ainda na luminosidade da imagem. As áreas de cores já saturadas quando recebem esse valor, desnecessariamente, podem gerar borrões e estouros nessas áreas. Através do modo de cor LAB, a saturação acontece apenas nos canais de cores ("a" e "b"), sem afetar a luminosidade da imagem, que gera mais contraste e, consequentemente, estouros e borrões.

Para entender um pouco mais o modo de cor LAB, esse modelo é baseado na percepção humana da cor, ou seja, ele descreve todas as cores vistas por um ser humano com visão normal. Esse modo de cor possui três canais: (Lightness) – que determina a luminosidade da imagem; (a) – que determina o eixo de cores do verde ao vermelho; e, o (b) – que determina o eixo de cores do azul ao amarelo. Lembre-se que os sistemas de impressão não alcançam a gama de cores que a visão humana pode alcançar, portanto depois de fazer quaisquer ajustes na imagem através do modo LAB não deixe de converter novamente para o modo de cor a que sua imagem se destina (RGB ou CMYK, por exemplo).

Vamos ao tutorial. Abra a mesma imagem finalizada, já com a correção de cores que fizemos, do tutorial anterior. Com a imagem aberta, vá até o menu Image, escolha a opção Duplicate, dê a essa duplicata o nome de “LAB_Color” (sem as aspas) na janela Duplicate Image e clique no botão OK, como mostram as imagens abaixo:



A imagem foi duplicada para utilizarmos os dois métodos de saturação, através do comando Hue/Saturation e do LAB Color, para comparar depois o quanto pode ser destrutiva a primeira opção.

Posicione as imagens uma ao lado da outra. Alterne para a primeira imagem, pressione as teclas Ctrl+U (Cmd+U no Mac) para abrir o diálogo Hue/Saturation e defina o valor de Saturation como +50, depois clique em OK para fechar o diálogo. A saturação foi aplicada à imagem. Note que utilizei um valor alto para você entender bem o que falei anteriormente.

Agora a saturação pelo LAB Color. Alterne para a imagem LAB_Color, vá ao menu Image>Mode e escolha a opção LAB Color, como mostra a imagem abaixo:


Abra a paleta Channels. Vá ao menu Window e escolha Channels. Veja que os canais mudaram de RGB para “Lightness”, “a” e “b”, como mostra a imagem abaixo:


Selecione o canal “a” (sua imagem fica em tons de cinza) e pressione as teclas Ctrl+L (Cmd+L no Mac), para abrir o diálogo Levels. Defina os valores input levels onde apontam as setas azuis, como mostram as imagens abaixo:



Faça o mesmo com o canal “b”. Com o canal “b” selecionado, abra novamente o diálogo Levels e aplique os mesmos valores de input levels, como mostram as imagens abaixo:



Pronto, a saturação no modo LAB Color foi aplicada. Selecione “Lab”, na paleta “Channels”, para ver o resultado. Para finalizar, vá ao menu Image>Mode, escolha RGB Color e salve sua imagem.

Abaixo, uma área da imagem no seu tamanho real, a primeira com saturação pelo Hue/Saturation e outra pelo LAB Color. Percebam que pelo Hue/Saturation as sombras e os brilhos foram afetados e que há estouros de cor e perda de informação na imagem. Já pelo LAB Color, embora saturada com valores considerados altos, não sofre distorções nem estouros e tem suas sombras e brilhos preservados.



Mais uma vez, lembro a vocês que os valores definidos em Levels, para os canais “a” e “b”, não são fixos e você deve escolher valores que considerar suficientes para a saturação da sua imagem.

A SURPRESA

A partir deste tutorial, vocês terão uma grande novidade: a possibilidade de assistir ao tutorial através de vídeo-aula. Isso não será possível em todos os tutoriais, até mesmo porque não sobra tempo suficiente, mas sempre que possível será disponibilizado. Espero que vocês gostem e apreciem bastante essa novidade. (Clique aqui para assistir ao vídeo-aula)

É isso, pessoal. Até a próxima!

domingo, 12 de abril de 2009

Correção de Cores (CS3)

Boa noite, pessoal!

A partir de hoje iniciaremos os tutoriais envolvendo o tratamento de imagens digitais. Este primeiro, abordará a Correção de Cores. Praticamente todas as imagens digitais necessitam da correção de cores, principalmente porque as câmeras digitais ou scanners introduzem algum tipo de color cast (predominância de uma determinada cor sobre as outras) na sua imagem. Tendo em vista que todo fotógrafo quer descarregar as imagens no computador e melhorar o que for preciso nelas para entregar ao cliente é que o tutorial de Correção de Cores sai na frente, por ser considerado o ponto de partida de todo tratamento.

Ah! Já ia me esquecendo. Como vocês podem notar, nos títulos dos tutoriais será colocada, entre parênteses, a indicação da versão do Photoshop a que o tutorial se refere: (CS3), para Photoshop CS3 e, claro, (CS4), para Photoshop CS4. Os tutoriais também são elaborados apenas na versão em inglês do Photoshop por ser a mais utilizada.

Talvez você se assuste com a extensão do tutorial e queira desistir logo de cara. Mas não se assuste e, por favor, não desista porque isso é o básico do tratamento de imagens. De início parece complicado, mas quando você fizer os procedimentos em mais duas ou três imagens, verá que é muito simples e não tão demorado quanto parece o tutorial.

ANTES DE INICIAR A CORREÇÃO, FAÇA ISTO:

Antes de iniciarmos a correção de cores, precisamos fazer alguns ajustes no Photoshop. Precisamos, antes de tudo, alterar o espaço de cores RGB. Para isso, inicie o Photoshop e pressione Shift+Ctrl+K (Shift+Cmd+K no Mac) para exibir a caixa de diálogo Color Settings. Provavelmente o espaço de cor definido em RGB, na seção Working Spaces, é o sRGB IEC61966-2.1, projetado para utilização em projetos Web e talvez o pior espaço de cor para fotógrafos profissionais. O espaço Adobe RGB (1998) é provavelmente o mais popular para fotógrafos por reproduzir uma gama muito maior de cores e é ideal para impressão das suas fotos. As câmeras profissionais já vêm com o espaço de cor Adobe RGB, o qual você já poderá defir como padrão antes de iniciar sua seção de fotos.

Faça as alterações nas seções Working Spaces e Color Management Policies, de acordo com a imagem abaixo, e clique no botão OK:


Definido o novo espaço de cor, vamos alterar a configuração da ferramenta Eyedropper Tool. Na Toolbox (Barra de Ferramentas), clique na ferramenta Eyedropper Tool e altere o valor de Sample Size, na Options Bar (Barra de Opções), para 3 by 3 Average, como mostram as imagens abaixo.



A opção Point Sample é ideal para capturar uma determinada cor da imagem para defini-la como cor de primeiro plano, enquanto que 3 by 3 Average fornece uma média de cor de 3 por 3 pixels da área que você está clicando. Completadas estas duas etapas de configurações, você poderá iniciar o processo de Correção de Cores.

A CORREÇÃO DE CORES

Abra sua imagem digital na qual quer fazer a correção de cores. Ao abrir a imagem, poderá aparecer a janela Embedded Profile Mismatch. Nela, selecione a opção Convert document´s colors to the working space e clique em OK. Com isso, se a sua imagem estiver com outro espaço de cor, como o sRGB IEC61966-2.1, será convertida para o espaço de cor Adobe RGB (1998), que foi definido em Color Settings. A imagem utilizada neste tutorial foi retirada do site www.sxc.hu e foi escolhida por ser uma imagem sem cores vivas e pouco contraste, que no final da correção dará uma comparação muito boa do antes e depois.


Após abrir a imagem você precisará definir cores alvo para as áreas de sombras, meios tons e brilhos. Para isso pressione as teclas Ctrl+M (Cmd+M no Mac) para abrir a caixa de diálogo Curves. No diálogo Curves clique duas vezes no Eyedropper preto, da esquerda, para definir a cor alvo das sombras. Na caixa de diálogo Select target shadow color que se abre, defina como 10 os valores de RGB: R=10; G=10 e B=10, como mostram as imagens abaixo, e clique em OK.



Faça a mesma coisa com o Eyedropper cinza, do centro, para definir a cor alvo dos meios tons, alterando para 133 os valores de RGB: R=133; G=133 e B=133, como mostram as imagens abaixo, e clique em OK.



E também com o Eyedropper branco, da direita, para definir a cor alvo dos brilhos, alterando para 245 os valores de RGB: R=245; G=245 e B=245, como mostram as imagens abaixo, e clique em OK.



Para finalizar, clique no botão OK do diálogo Curves. Aparecerá uma janela perguntando: Save the new target colors as defaults? Clique em Yes para que os novos valores sejam definidos como padrão e você não precise alterá-los todas as vezes que quiser corrigir uma imagem.

Como já definimos os valores alvo das sombras, dos meios tons e dos brilhos, vamos agora encontrar esses pontos na imagem e marcá-los para fazermos a correção de cores, com o Eyedropper correspondente a cada marcação, através da caixa de diálogo Curves. Para encontrar os pontos exatos vá à paleta Layers, clique no botão Create new fill or adjustment layer e escolha a opção Threshold..., como mostra a imagem abaixo:


Ao aparecer o diálogo Threshold, mova o controle deslizante, abaixo do histograma, completamente para a esquerda, como mostra a imagem abaixo:


Sua imagem fica completamente branca. Neste momento, aumente o zoom da imagem ao seu tamanho real pressionando as teclas Ctrl+Alt+0 (Cmd+Alt+0 no Mac), para ver se já aparecem alguns pontos pretos. Caso apareçam, aumente o zoom dessa área que contém algum ponto preto, utilizando as teclas Ctrl+Barra de espaço (Cmd+Barra de espaço no Mac) e clicando sobre a área até que o ponto preto fique bem visível. Mova o cursor do mouse até esse ponto preto (note que ao mover o cursor sobre a imagem ele se transforma em um Eyedropper) e, com a tecla Shift pressionada, dê um único clique sobre um ponto preto. Um cursor alvo com o número 1 aparece, marcando a área de sombra da imagem. Caso não apareçam pontos pretos na imagem quando ela estiver no seu tamanho real, no diálogo Threshold mova lentamente o controle deslizante de volta para a direita até que apareça algum ponto preto.

Já definido o cursor alvo das áreas de sombra, vamos agora definir dos brilhos. Para isso, basta você arrastar o controle deslizante completamente para a direita (sua imagem ficará totalmente preta), localizar algum ponto branco na imagem e usar o mesmo procedimento que definiu o cursor alvo das áreas de sombra. Ao clicar com o Eyedropper no ponto branco um novo cursor alvo com o número 2 aparecerá.


Precisamos, ainda, definir o cursor alvo dos meios tons. Antes disso, clique no botão Cancel do diálogo Threshold para fechá-lo. Crie uma nova Layer, preencha-a com um cinza neutro (R = 128, G = 128, B = 128) e mude o Blending Mode para Difference. Abra novamente o diálogo Threshold e mais uma vez arraste o controle deslizante totalmente para esquerda e marque algum ponto preto que servirá de cursor alvo para os meios tons, como mostra a imagem abaixo. Após marcar o ponto, clique no botão Cancel do diálogo Threshold para fechá-lo e exclua a Layer 1, que você preencheu de cinza, ficando assim apenas a camada Background.


Pressione Ctrl+0 (Cmd+0 no Mac) para que o zoom da imagem se adapte ao tamanho da área de trabalho do Photoshop, para visualizar a localização dos marcadores. A imagem abaixo mostra os três pontos das áreas de sombras, meios tons e brilhos encontrados. O marcador 1 indica a área de sombras; o marcador 2, a área de brilhos; e, o marcador 3, a área de meios tons. Não necessariamente os marcadores estão na mesma posição quando você for definir os seus, podem estar em locais diferente e variam de imagem para imagem. Mas eu preferi defini-los o mais próximo uns dos outros para facilitar na hora de aplicar a correção de cores.


Vamos agora partir para a correção. Crie uma Adjustment Layer (camada de ajuste) do comando Curves. Para isso, na paleta Layers, clique no botão Create new fill or adjustment layer e escolha Curves no menu pop-up que se abre, como mostra a imagem abaixo.

OBS.: A grande vantagem de se trabalhar com Adjustment Layer (camadas de ajuste) é de os ajustes não afetarem diretamente a imagem e a possibilidade de voltar atrás e mudar esses ajustes caso os definidos anteriormente não lhe agradem.


Com o diálogo Curves aberto, pressione Ctrl+Alt+0 (Cmd+Alt+0 no Mac) para que a imagem fique no seu tamanho real, clique no Eyedropper preto (da esquerda), mova o mouse sobre a imagem, localize o marcador 1 da área de sombras e dê um clique exatamente sobre ele. Se você ativar a tecla Caps Lock enquanto estiver no diálogo Curves, o cursor do mouse toma a mesma forma dos marcadores na imagem, o que facilita o posicionamento exato para o clique; depois, clique no Eyedropper branco (da direita), localize o marcador 2 e dê um clique sobre ele; por fim, clique no Eyedropper cinza (do centro), localize o marcador 3 e dê um clique sobre ele. A imagem abaixo, em tamanho real, mostra a área dos marcadores e o Eyedropper correspondente a cada um deles.


Depois de ter clicado com cada Eyedropper no respectivo marcador, é hora de configurarmos a grade do diálogo Curves. Primeiro, pressione a tecla Alt e clique com o ponteiro do mouse sobre a grade para diminuir o tamanho dos quadros. A grade deverá ficar como a imagem abaixo.


Posicione o cursor do mouse bem no centro da grade, dê um clique sobre a linha preta diagonal e defina os valores de Output=128 e Input=128, como na imagem abaixo.


Dê outro clique sobre a linha preta diagonal entre o ponto médio e o superior direito e defina os valores de Output=224 e Input=204, como na imagem abaixo. Quanto maior o valor de Output, mais elevados ficarão os brilhos da imagem. Se necessário, diminua esse valor.


Dê, agora, um clique entre o ponto médio e o inferior esquerdo e defina os valores de Output=31 e Input=51, como na imagem abaixo. Quanto menor o valor de Output, mais acentuadas ficarão as sombras da imagem. Se necessário, aumente esse valor para atenuar as sombras.


Para finalizar, clique em OK para fechar o diálogo Curves e achate a imagem clicando com o botão direito do mouse sobre o nome de qualquer das layers (Background ou Curves 1) e escolhendo a opção Flatten Image no menu pop-up que se abre.

Vale lembrar que os valores definidos para Output e Input não são fixos e podem variar de imagem para imagem, cabe a você decidir que ajustes são necessários para sua imagem e que mais lhe agradem. Abaixo estão as duas imagens, antes e depois do tratamento, para comparação. Note que houve um balanço eficiente nas cores e um aumento de contraste e saturação.


E então, foi muito complicado? Que é iiiiiisso? Tente fazer só mais algumas vezes e você se acostumará com o processo. No próximo tutorial falaremos de saturação não destrutiva, aproveitando essa mesma imagem. Abraços a todos e até lá!

P.S.: Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões sobre o tutorial, postem um comentário ou escrevam para o e-mail da seção CONTATO, na coluna à direita do Blog.